Ponto Jor

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Pra que blogar?

João Prado

Se liga! Depois de um mês e pouco volto a escrever no PontoJor. Saí de férias. Primeiro adentro: insistentemente não li jornais, vi tv e pouco falei no celular (experimentem! Não dói). Mas sobre o meu período de folga entre cervejas, admirando as pipas de kitesurf nas praias do Ceará e do Piauí, no clima de muito sol, sal, areia e vento vento vento, meu teste da volta era tentar ser pego de surpresa por alguma COUSA da vida que levava (e nem sei se quero continuar a levar. Não a vida, mas a maneira como ela estava comendo o tempo) em sp.

Em resumo: Nada de novo. Mas isso talvez por que o meu desejo fosse equivocado até para o autor. Não quero aqui tentar um texto de auto-ajuda (pelo amor DELE), nem postar algo que tente dizer que nós, homens, estamos cada vez mais nos fudendo – até porque não precisa ser muito inteligente para concluir o óbvio. O que eu quero dizer é que não fui surpreendido por nenhuma notícia de jornal, portal ou sei lá mais o que (não estou surpreso por não ter ficado surpreso). Ainda é a CPMF, Renan, a Camila Pitanga que é (como sabemos, até vocês mulheres) linda e ainda por cima boa atriz, o Roger chinelinho que deveria ir protagonizar a Malhação, o Timão que, foda, como era esperado, caiu (mas ainda tem um bando de louco que empurra), o Sarney, o eterno, e as manchetes do tipo “vergonha nacional”. A única notícia que mexeu e embrulhou o estomago e me fez pensar que a Idade Média passou agorinha por nós, foi o caso da menina de 15 anos que, pobre, negra, desnutrida, passou 27 dias na mesma cela com 20 homens – o que mais pode nos indignar? Ainda nos indignamos?

Depois que virei à página da revista e troquei de canal... passou. Percebi que quem não mudou realmente fui eu. Descrente? Nadinha. Com se diz: a dor e a fé são universais e delas (aí eu completo) o homem acha que pode ter solução para tudo.

Não sou blogueiro (já usei essa palavra para me auto-definir aqui, mas vou tentar parar de usá-la) –, até porque me achar um pode ofender a “classe”. Mas às vezes acho que tenho solução para alguma coisa. QUANTA PRETENSÃO?

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Este PontoJor foi, em janeiro passado, a minha iniciação na blogosfera. Apesar de achar que a vida offline ainda é mais interessante, gostei de usar o espaço virtual para dizer as minhas “asneiras” (por favor, todo mundo tem as suas próprias). Prometo tentar cada vez mais escrever em poucas palavras, o que na verdade gostaria que fosse com muitas, mas em respeito ao leitor (tenho poucos, mas os reconheço) vou poupá-los de tanta ladainha.

O Xarlis saiu e a coisa que já estava manca perdeu mais uma perna. Todos aqui vão, de uma forma ou de outra, continuar na internet, mas com endereço ainda incerto – aqui, ali, etc etc etc.

Eu, já aviso, não blogo (pra que?), mas atiro.