Os 32 da Virgínia
Daniel ConsaniNada mais sintomático, simbólico e icônico. É o mundo pós-Guerra Fria, pós-11 de Setembro, e em plena vigência dos modelos neoliberal e pós-modernista.
A globalização que sempre quisemos finalmente chegou. É um coreano dizimando estadunidenses, egípcios, indianos e latino-americanos.
O motivo: a opressão do sistema, segundo o exterminador; distúrbios mentais, segundo o sistema opressor.
Restam palavras ao vento. Vidas interrompidas. Promessas não cumpridas. Festas canceladas. Toques de telefone sem resposta. Livros pela metade.
Reema Samaha, natural da Virgínia, se foi. Tinha 18 anos. Gostava de dançar e atuar. Estudava francês quando um tiro... Au revoir.
Sinto saudades de Reema e dos outros 31.
Pela foto acima, Mona e Randa, respectivamente mãe e irmã de Reema, também sentem.
Tragédia. Catástrofe.
Em editorial, o New York Times levanta uma bandeira.
Penso no Brasil. E no referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo. Acho que todos temos algum distúrbio mental.
posted by Daniel Consani at 12:15
7 Comments:
Oi daniel
Gostei bastante do texto. Poucas palavras que transbordam muitos sentimentos.
beijo
Mari
É isso aí Dani. Comentário perfeito da Mari. Curioso que eu resolvi contar quantas palavras tem o texto. Contei duas vezes: 100. 100 palavras! Muito bom.
Muito bom texto, cara.
O mais foda é que, se fosse proibida a venda de armas de fogo por lá, ainda assim teria acontecido alguma tragédia. Pelo nível de demência do sujeito.
É complicado... é toda uma cultura de violência e intolerância. Não tem como não ter "efeitos colaterais". E aqui não é diferente: os Champinhas e Batorés e o Meira.
Acho que dar "bom dia" ao pegar o elevador já é um começo. Reconhecer o próximo, por mais diferente de vc que ele seja.
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Dani. Lindo texto. Expressou em palavras o meu sentimento de muitas pessoas. Todo temos distúrbios mentais.
Tudo o que pensei a respeito te disse aqui na redação.
Somo meros animais, estimulados por imulsos ancestrais, instintivos até o talo.
Foda man...Deus nos ajude!
Boa Nova,
Concordo com o que disse: não fosse com uma arma de fogo, o coreano faria alguma outra loucura; mas duvido que chegaria ao nível dessa barbárie ocorrida na universidade. Uma vida é uma eternidade. Trinta e duas são... trinta e duas histórias eternas...
Grande abraço!
Também duvido. Acho que a tal "cultura" da violência (com US$ 500, qualquer demente pode comprar uma arma)facilita, sim, o caminho para uma barbárie desse tipo.
concordo Consani: "Acho que todos temos algum distúrbio mental"
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