Escritos
Sara Puerta
Às vezes sinto que não sei escrever direito. Principalmente quando o editor-chefe termina de ler meus textos e chega uma enxurrada de sugestões, mas sou persistente. Continuo. Muitos dos que faço nem serão publicados, essencialmente aqueles produzidos na calada da noite.
Aliás, até prefiro que não.
Desde minha primeira experiência com um texto extra “minhas férias foram...” tenho a sensação que escrever me faz melhor. É uma superação das minhas deficiências. Escrevo para minha raiva passar e, assim, tentar ficar mais doce. Para sorte das pessoas à minha volta e do meu estômago.
Escrevendo, fico mais feliz. Os meus erros e os acontecimentos desagradáveis, quando colocados cara a cara comigo, ficam muito mais engraçados e perdem o tom de tragédia. Com certeza vou guardar os escritos e mostrar para os meus filhos: “Não façam como a mamãe fez!”
Tenho um pedaço de mim meio cinza que não pode ficar assim, pois tem um monte de coisas a serem feitas. Escrevendo, ele tornou-se mais colorido.
Alguns textos soam como segredos. Na falta de ter para quem contar, eu escrevo. Às vezes chego em casa mais cedo, louca de vontade de pegar uma caneta e um papel. Sou tímida e escrever me faz falar com mais facilidade.
Apesar das experiências pessoais serem traduzidas em caracteres, prefiro mais escrever dos outros, das outras coisas.
Eu gosto demais de um monte de gente. E eu não consigo demonstrar totalmente. E escrevo sempre sobre essas pessoas. Os resultados são perfis literários divertidíssimos e profundos. Escrever dos chatos é melhor ainda. É uma forma “branca” de vingança.
Existem tantos papéis espalhados pela casa, arquivos de world esquecidos sobre pessoas e fatos que hoje não significam mais nada. Mas, na época, inspiravam. Amor rende muitas palavras. Revolta social e tristeza pessoal também. Escrever é uma ação que dá vazão para qualquer sentimento.
É por isso que, por toda emoção incoberta - ainda que haja muita discussão e filosofia em torno -, levanto a bandeira: “Não existe texto imparcial”. Que atire a primeira pedra aquele que não deixa seu rastro. Aliás, azar daquele que prefere se distanciar das opiniões.
Enfim, escrevo para colocar em ordem minha cabeça confusa, tentar fazer algo de bom e, quem sabe, atingir alguém positivamente. É uma terapia, ousadia, uma ação social e, é claro, tem um pouco de vaidade e prazer!
Ps: Imparcialidade não existe. Ok! Mas buscamos ética e lembramos que tudo sempre, sempre tem dois lados.
PS: Feliz Ano Novo. Agora, dizem por aí, o país começa a funcionar e, então, que funcione de verdade!
Às vezes sinto que não sei escrever direito. Principalmente quando o editor-chefe termina de ler meus textos e chega uma enxurrada de sugestões, mas sou persistente. Continuo. Muitos dos que faço nem serão publicados, essencialmente aqueles produzidos na calada da noite.
Aliás, até prefiro que não.
Desde minha primeira experiência com um texto extra “minhas férias foram...” tenho a sensação que escrever me faz melhor. É uma superação das minhas deficiências. Escrevo para minha raiva passar e, assim, tentar ficar mais doce. Para sorte das pessoas à minha volta e do meu estômago.
Escrevendo, fico mais feliz. Os meus erros e os acontecimentos desagradáveis, quando colocados cara a cara comigo, ficam muito mais engraçados e perdem o tom de tragédia. Com certeza vou guardar os escritos e mostrar para os meus filhos: “Não façam como a mamãe fez!”
Tenho um pedaço de mim meio cinza que não pode ficar assim, pois tem um monte de coisas a serem feitas. Escrevendo, ele tornou-se mais colorido.
Alguns textos soam como segredos. Na falta de ter para quem contar, eu escrevo. Às vezes chego em casa mais cedo, louca de vontade de pegar uma caneta e um papel. Sou tímida e escrever me faz falar com mais facilidade.
Apesar das experiências pessoais serem traduzidas em caracteres, prefiro mais escrever dos outros, das outras coisas.
Eu gosto demais de um monte de gente. E eu não consigo demonstrar totalmente. E escrevo sempre sobre essas pessoas. Os resultados são perfis literários divertidíssimos e profundos. Escrever dos chatos é melhor ainda. É uma forma “branca” de vingança.
Existem tantos papéis espalhados pela casa, arquivos de world esquecidos sobre pessoas e fatos que hoje não significam mais nada. Mas, na época, inspiravam. Amor rende muitas palavras. Revolta social e tristeza pessoal também. Escrever é uma ação que dá vazão para qualquer sentimento.
É por isso que, por toda emoção incoberta - ainda que haja muita discussão e filosofia em torno -, levanto a bandeira: “Não existe texto imparcial”. Que atire a primeira pedra aquele que não deixa seu rastro. Aliás, azar daquele que prefere se distanciar das opiniões.
Enfim, escrevo para colocar em ordem minha cabeça confusa, tentar fazer algo de bom e, quem sabe, atingir alguém positivamente. É uma terapia, ousadia, uma ação social e, é claro, tem um pouco de vaidade e prazer!
Ps: Imparcialidade não existe. Ok! Mas buscamos ética e lembramos que tudo sempre, sempre tem dois lados.
PS: Feliz Ano Novo. Agora, dizem por aí, o país começa a funcionar e, então, que funcione de verdade!
4 Comments:
Com certeza aquele que se mantêm o tempo todo em cima do muro deve ter conflitos de personalidade. Escrever é atitude, é deixar um pouco de vc pro mundo. Boa coluna, Sara!!!Também escrevo como forma de desopilar - o que tem de bom e de ruim nessa vida e concordo com o texto;nunca acharemos que sabemos escrever bem...rsrsrs.Sem confetes, você sabe escrever...melhor, sabe atingir a alma!
É, Sara, talvez escrever seja a forma mais clara de se expressar. Boas expressões, palavras bem colocadas, ou até mesmo as intrigantes reticências... A escrita é a extensão dos nossos mais íntimos pensamentos e os seus me parecem ser muito agradáveis e "doces", como você mesma diz.
Eu gosto de escrever, mas não em blogs e comentários de blogs. Portanto, não me intime mais! (risos) Eu estou sempre aqui, anonimamente, lendo tudinho! Quem lê esse até pensa que vc é uma mocinha doce ... (risos)
beijo!
Escrever é um prazer. Audiência é sempre bom...
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