Shalom, Salam!
Não sei se foi algum tipo de exigência do próprio, só sei que de início achei engraçada a idéia do show de Matisyahu ser no clube A Hebraica. Ainda mais quando, na fila para entrar, um senhor com cara de vereador israelense passou distribuindo cartõezinhos com algum tipo de profecia. Sei lá o que sobre a geração da redenção e não sei quantas leis dos filhos de Noé. Tipo... né?
Eram duas filas, uma para o público em geral e outra para sócios do clube e uma tipologia humana bem variada. De crianças a casais de mais idade, mas tudo com cara de bem nascido. E, lá dentro, a certeza: mais do que em um show, eu estava em uma festa da comunidade judaica.
A banda de abertura mandava até que bem, um ska cujo refrão era em algum idioma desconhecido para mim – hebraico, imagino -, mas que levou a galerinha do clube ao delírio. Nada contra: com cerveja gelada a preço justo e uma boa visão do palco, não tem do que reclamar.
Aliás, a produção do evento merece um comentário à parte. Organização é a palavra. Tirando o que já falei, não vi uma encrenca e o espaço comportou muito bem as cerca de 4.000 pessoas que compareceram (foi o que li por aí, não sei nem dizer onde). Banheiros ok e uma revista na entrada que incluía detector de metal. O segurança fez até questão de saber o que eram uns papéis que estavam no meu bolso. Creio que desencanou de conferir quando falei que eram minhas contas a pagar.
Já com Matisyahu no palco, a música não para. Pensei que fosse acabar presenciando algum tipo de pregação... não foi o que ocorreu. Uma banda correta; bateria, guitarra, baixo, teclado e percussão, os dois primeiros se sobressaindo aos demais. Apesar da estranheza inicial causada por sua aparência excêntrica para pessoas como eu, a imagem que fica de Matisyahu é a de um cara bastante simples, humilde no último. Interage com o público à sua maneira, sem muito blábláblá, mais na base da vibe. É quando a música acontece que ele mostra a que veio: vocais ragga com uma levada intensa, sem perder o compasso e viajante quando necessário – foi o caso em “Exaltation” e em alguns dubs que eu não manjava. “Youth”, a mais conhecida, foi o ponto alto. E com “Shalom, Salam” ele conseguiu a catarse. Na hora do bis, ainda mandou um beatbox de responsa. Ponto para o cara!
Ouvi comentários de gente que tinha ido por considerar a mensagem dele muito bonita, etc e tal. Não sou do tipo religioso e nunca fui atrás para saber o que canta, apenas entendo uma ou outra coisa de ouvido. Mas tenho na música uma paixão transcendental. E ali, por duas horas, pude me confortar.
Se liga na entrada do figura:
Eram duas filas, uma para o público em geral e outra para sócios do clube e uma tipologia humana bem variada. De crianças a casais de mais idade, mas tudo com cara de bem nascido. E, lá dentro, a certeza: mais do que em um show, eu estava em uma festa da comunidade judaica.
A banda de abertura mandava até que bem, um ska cujo refrão era em algum idioma desconhecido para mim – hebraico, imagino -, mas que levou a galerinha do clube ao delírio. Nada contra: com cerveja gelada a preço justo e uma boa visão do palco, não tem do que reclamar.
Aliás, a produção do evento merece um comentário à parte. Organização é a palavra. Tirando o que já falei, não vi uma encrenca e o espaço comportou muito bem as cerca de 4.000 pessoas que compareceram (foi o que li por aí, não sei nem dizer onde). Banheiros ok e uma revista na entrada que incluía detector de metal. O segurança fez até questão de saber o que eram uns papéis que estavam no meu bolso. Creio que desencanou de conferir quando falei que eram minhas contas a pagar.
Já com Matisyahu no palco, a música não para. Pensei que fosse acabar presenciando algum tipo de pregação... não foi o que ocorreu. Uma banda correta; bateria, guitarra, baixo, teclado e percussão, os dois primeiros se sobressaindo aos demais. Apesar da estranheza inicial causada por sua aparência excêntrica para pessoas como eu, a imagem que fica de Matisyahu é a de um cara bastante simples, humilde no último. Interage com o público à sua maneira, sem muito blábláblá, mais na base da vibe. É quando a música acontece que ele mostra a que veio: vocais ragga com uma levada intensa, sem perder o compasso e viajante quando necessário – foi o caso em “Exaltation” e em alguns dubs que eu não manjava. “Youth”, a mais conhecida, foi o ponto alto. E com “Shalom, Salam” ele conseguiu a catarse. Na hora do bis, ainda mandou um beatbox de responsa. Ponto para o cara!
Ouvi comentários de gente que tinha ido por considerar a mensagem dele muito bonita, etc e tal. Não sou do tipo religioso e nunca fui atrás para saber o que canta, apenas entendo uma ou outra coisa de ouvido. Mas tenho na música uma paixão transcendental. E ali, por duas horas, pude me confortar.
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