Ponto Jor

segunda-feira, setembro 03, 2007

Impressões

por Sara Puerta

Fico me questionando “Como se faz ou forma-se um líder”, pergunta já tratada – sem resposta convincente -em muitos livros do estilo auto-ajuda empresarial.
Essa minha indagação ganha maiores proporções ao perceber que no Brasil não temos mais o “mito” do Líder, e sim, tenho claro que a questão atualmente é melhor definida assim: “Como se faz um presidente carismático.”

Junta-se uma fórmula -um tanto frustrante para os que em 2002 estavam eufóricos, como eu, com a eleição do Lula- regada de discursos emocionados, com simplicidade e sem julgamentos e posições firmes defendidas à ferro e fogo.

Longe de ter na representação do povo, um sujeito nada democrático, mas, por favor, não nos subestimem.
Sim, o homem é carismático, é admirável, é “votável” e elegível (pelo menos foi e muito!!!). Adoraria uma conversa de bar, não querendo relembrar informações sobre o hábito do presidente. Não sou hipócrita e rasa a esse ponto.
Voltando: consegue agradar os gregos e troianos, isso é, os menos favorecidos com as metáforas e parábolas, e mantendo um certo afastamento das questões propostas no seu governo que agradam a elite, que refere-se a política econômica que agrada aos montes os banqueiros e ricaços do país.

O fato que me inspirou a escrever deve-se ao discurso do presidente realizado no sábado no 3º Congresso do PT, que reuniu todas as “facções do partido” para avaliar o presente e o futuro. Ao dissertar sobre os seus colegas mensaleiros, disse calorosamente que eles erraram, mas que ninguém deve virar as costas e deixar de defender um companheiro de partido.
Como um pregador, disse. “Na política, nós não precisamos ser mais duros do que nós somos. Não podemos perder a sensibilidade e o companheirismo".

Será que as ovelhas serão desgarradas?


... E no Campeonato Brasileiro

Agora animou, hein! Longe do favoritismo causado pela organização perfeita do São Paulo, que faltando meses para o campeonato acabar, e já dispara na frente, um fato chamou a atenção.
Contra o terno e o time aclamado, um Corinthians desestruturado no campo e fora dele, venceu.
Até que enfim novidade e R-A-Ç-A!