Quadro de medalhas: 200 mortos
Daniel Consani
Às vezes, odeio ser o cara cético. Mas não tem jeito. Dói em minhas entranhas o ufanismo da imprensa brasileira frente a boa participação brasileira nos Jogos Pan-Americano. Ainda mais depois da catástrofe ocorrida na semana passada.
Concordo com Juca Kfouri, que em sua coluna do último domingo na Folha, deu o valor exato do número de medalhas do Brasil no Pan: 200 mortos.
O motivo é óbvio. Será que se o dinheiro exorbitante gasto com as obras dos complexos esportivos no Rio de Janeiro tivesse sido gasto com melhorias na infra-estrutura do setor aéreo brasileiro a tragédia de Congonhas teria acontecido?
Boa pergunta. Muitos a acham absurda.
Eu continuo achando que absurdas foram aquelas mortes horrendas.
Sai Pires. Entra Jobim. Que diferença faz? Acredito que nenhuma. Espero que muita.
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