Ponto Jor

segunda-feira, julho 23, 2007

Lá se vai "Toninho Malvadeza"...

por Sara Puerta

Um pouco abafado pelo acidente trágico com o Air Bus – que afinal, nos deixou muito de luto – e gloriosas e sofridas medalhas no Pan Americano, se foi – dessa para uma bem melhor!- um dos maiores mitos do cenário político brasileiro. O baiano Antônio Carlos Magalhães, “ex-tanta coisa” no governo. Para mim, um ser folclórico, que faz parte do folclore que tornou-se a política brasileira.

Ouço algumas pessoas e alguns meios de comunicação ensaiando quase citá-lo como herói, um homem bom, como algumas pessoas se tornam depois de morrerem : santos e homens incapazes de fazer o mal, nem para uma mosca. Mas, claro, o bom-senso e a memória curta logo trata de lembrar do seu traço mais marcante: o lado político, isso é, como ele fazia política.

E ainda, faz refletir sobre o que é ser político. É passar por cima de todos, se aliar até com inimigos, e depois “virar a casaca”, é conseguir mandar mais que presidente. E ainda, conseguir ter carisma suficiente para ser adorado pelo baiano, chegando a ter o “corpo fechado” para se reeleger diante de qualquer que seja a denúncia.

ACM é mau. È bom. É esperto. Cara de pau. Parece personagem de novela, daqueles imortais que fazem parte da primeira fase até o capítulo final. E como todo enredo que preze o bom maniqueísmo, perdeu o trono aos poucos e morreu no final.

Não deixou crias. Deve ter deixado arquivos, malas pretas aliás muitos, daqueles que qualquer um daria tudo para ver, ou torcesse para que ele revelasse tudo no leito de morte, no Plantão da Globo, quase um desfecho mexicano. Segura o B.O. todo o Congresso Nacional!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Morreu o dono da Bahia.
Uma semana de Carnaval!
Bem lembrado, Sara, todo político quando morre vira santo... ê Brasil!

15:27  

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