O herói papal
Daniel Consani
Quanta coisa.
Quinta-feira, final da tarde, preciso escrever para o PontoJor.
Há uma semana, Élida Rocha, estimada jornalista e minha editora-chefe há quase um ano, deixou o cargo. Buscou novos ares e os achou.
Óbvio. Momento turbulento aqui na redação.
Por essas e outras, só consegui escrever agora.
De qualquer maneira, não me parece que a turbulência tenha atracado apenas na redação onde trabalho.
Há muitas coisas acontecendo. É difícil fazer o recorte mais adequado. Como não falar da vinda do Papa ao Brasil? E mais: o primeiro-ministro Tony Blair anunciou sua saída do governo britânico; a Polícia Federal finalmente indiciou os pilotos do Legacy; o Grêmio tirou o São Paulo da Libertadores; a Câmara votou o aumento dos salários dos políticos.
Essa tal “era da informação” vai acabar conosco. Às vezes, me sinto afogando em notas, notícias, matérias, entrevistas, ensaios e crônicas. Não há dúvidas, o ávido consumo de informações não gera resultados satisfatórios. Pelo contrário.
Digressões.
Voltando ao Papa. Acabo de ler que ele tentou um acordo com Lula para, em termos educacionais, regulamentar a Igreja Católica no país. O presidente reafirmou a vocação do Estado nacional: laico, laico, laico.
Vale lembrar que tempos atrás, Bento XVI atacou a imposição do fundamentalismo islâmico. E, ao que parece, ele quer combatê-lo impondo o fundamentalismo católico. Brilhante.
Canta, Brecht: “Triste do povo que precisa de heróis”.
Muito triste.
1 Comments:
E o papa vai embora... com cara de nada, que não lembra ninguém.
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